Nome :Daniel Junio N°:09
Nome : Weiller Schepis N°:42
Professora:Aristelina
Semana de Arte Moderna de 1922
Acontecimentos, artistas e escritores envolvidos, idéias do movimento artístico, mudanças de rumo na literatura e arte, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Manuel Bandeira, modernismo, revistas Klaxon e Antropofágica
Introdução
A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.
Participações e como foi
Em um período repleto de agitações, os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário, e do qual, não se sabia ao certo o rumo a ser seguido.
No Brasil, o descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado no campo da literatura, com maior ênfase na poesia. Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira. Na pintura, destacou-se Anita Malfatti, que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917. Suas obras, influenciadas pelo cubismo, expressionismo e futurismo, escandalizaram a sociedade da época. Monteiro Lobato não poupou críticas à pintora, contudo, este episódio serviu como incentivo para a realização da Semana de Arte Moderna.
A Semana, na verdade, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos.
Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico.
Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os artistas brasileiros
Artistas
Os artistas que tiveram presença na Semana de 22, foram os poetas Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Plínio Salgado e Sérgio Milliet. Graça Aranha, Ronald de Carvalho e Menotti del Picchia ocuparam-se em explicar as novas teorias. A exposição de pintura tinha obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Goeldi, como também do escultor Vitor Brecheret e dos arquitetos Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel.
Realizaram-se concertos musicais, destacando-se Villa-Lobos e o pianista Guiomar Novais. O número de dança ficou a cargo de Yvonne Daumerie.
Obras
— Fauvismo, 1905.
— Expressionismo, 1906.
— Cubismo, 1907.
— Futurismo, 1909
— Raionismo, 1911.
— Orfismo, 1912.
— Cubo-futurismo, 1912.
— Suprematismo, 1912.
— Nao-objetivismo, 1913.
— Vorticismo, 1913.
— Imaginismo, 1914.
— Dadaismo, 1916.
— Neoplasticismo, 1917.
— Ultraismo, 1918.
— Bauhaus, 1919.
— Espirito-Novo, 1920.
— Pintura metafisica, 1920
— Musicalismo, 1920.
— a Neue Schlichkeit, 1922.
— Manifesto dos pintores mexicanos (Siqueiros, Orozco, Rivera. 1922).
—Nova objetividade, 1922.
Cubismo
O Cubismo foi um movimento em princípio das artes plásticas, sobretudo da pintura, que, a partir da primeira década do século XX, rompe com a perspectiva adotada pela arte ocidental desde a Renascença.
Expressionismo
O Expressionismo é o movimento artístico e literário que se caracteriza pela
expressão de intensas emoções. As obras não têm preocupação com a beleza
tradicional e exibem um enfoque pessimista da vida, marcado pela angústia, pela dor
pela inadequação do artista diante da realidade e muitas vezes pela necessidade de
denunciar problemas sociais.
Futurismo
O Futurismo foi o movimento artístico e literário iniciado oficialmente em 1909 com
a publicação do Manifesto Futurista do poeta italiano Filippo Marinetti (1876-1944)
no jornal frânces Le Figaro. Trata-se do primeiro grande movimento artístico de
vanguarda do século XX (o fauvismo se restringe às artes plásticas).
Surrealismo
O Surrealismo é um movimento artístico literário que surge na França nos anos 20,
reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadá. Fortemente influenciado pelas
teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo enfatiza o papel
do inconsciente na atividade criativa. A arte deve se libertar das exigências da lógica
e ir além da consciência cotidiana, expressar o inconsciente e os sonhos, livre de
controle da razão e de preocupações estéticas ou morais. O principal teórico e líder do
movimento é o poeta, escritor, crítico e psiquiatra francês André Breton (1896-1966),
que em 1924 publica o primeiro Manifesto Surrealista. A palavra surrealismo havia
sido criada em 1917 pelo poeta Apollinaire Guillaume (1886-1918), ligado ao
cubismo, para identificar expressões artísticas que se esboçavam. A palavra é adotada
pelos surrealistas por refletir a idéia de algo além do realismo.
Curiosidades
A Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu em apenas três dias: 13, 15 e 17 de fevereiro. O primeiro deles tratou de pintura e escultura, o segundo foi dedicado à literatura e à poesia e o terceiro dia ficou para a música. O evento, realizado no Teatro Municipal de São Paulo, foi o grande marco do Modernismo no Brasil.