quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Semana da Arte Moderna

Histórico:
A Semana de Arte Moderna , também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal. Cada dia da semana foi dedicado a um tema: respectivamente, pintura e escultura, poesia, literatura e música. O presidente do estado de São Paulo, da época, Dr. Washington Luís apoiou o movimento, especialmente atráves de René Thiollier, que solicitou patrocínio para trazer os artistas do Rio de Janeiro, Plínio Salgado e Menotti Del Pichia, membros de seu partido, o Partido Republicano Paulista. A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. O adjetivo "novo" passou a ser marcado em todas estas manifestações que propunha algo no mínimo curioso e de interesse. Participaram da Semana nomes consagrados do modernismo brasileiro, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos, Tarsila do Amaral, Tácito de Almeida, Di Cavalcanti entre outros, e como um dos organizadores o intelectual Rubens Borba de Moraes que, entretanto, por estar doente, dela não participou.
Principais participantes da Semana :
Literatura:Mário de Andrade - Oswald de Andrade - Graça Aranha - Ronald de Carvalho - Menotti del Picchia - Guilherme de Almeida - Sérgio Milliett.
Música e Artes Plásticas:Anita Malfatti - Di Cavalcanti - Santa Rosa - Villa-Lobos - Guiomar Novaes.  Artista: Mário Raul de Moraes Andrade, (São Paulo, 9 de outubro de 1893 — São Paulo, 25 de fevereiro de 1945) foi um poeta, romancista, crítico de arte, musicólogo da época do movimento modernista no Brasil e produziu um grande impacto na renovação literária e artística do país, participando ativamente da Semana de Arte Moderna de 22, além de se envolver (de 1934 a 37) com a cultura nacional trabalhando como diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo. Mário nasceu em São Paulo e construiu praticamente toda a sua vida na metrópole. Na cidade, estudou e também lecionou por muitos anos, desde cedo demonstrando sua paixão pela cidade. Durante seu tempo de vida, Mário criou vínculos fortes com outros nomes do país, se correspondendo frequentemente com grandes artistas brasileiros, dentre quais se destacam Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Fernando Sabino e Augusto Meyer, e veio a falecer em 1945 na mesma cidade em que nasceu, após três décadas de trabalho que desempenhou em estilo vanguarda.[ A importância de Mário de Andrade continua sendo ativamente expressa nos dias atuais, e ainda se fala sobre sua obra seja para estudo ou para a investigação do Brasil: o filósofo Leandro Konder considera que talvez essa atualidade seja resultado pelo destaque que Mário tinha sobre os outros nomes do modernismo, "pela amplitude de sua cultura, pela vastidão dos seus conhecimentos […] [porque] tinha uma visão panorâmica abrangente [e] dispunha de um quadro de referências muito mais rico do que todos os outros."
Obras:


Curiosidades:

- O romance, “Amar, Verbo Intransitivo”, escrito por Mário de Andrade foi para o cinema com o título de “Lição de Amor”, filme este dirigido por Eduardo Escoreu.

- Oswald de Andrade, poeta romancista e dramaturgo paulista, juntamente com Mário de Andrade, organizaram “A semana de Arte Moderna” de 1922.

- Tarsila do Amaral, mesmo não tendo participado diretamente da Semana de 22, faz parte daquela época e do movimento revolucionário. Anita Malfatti e Di Cavalcanti, formam com ela, nomes inalienáveis da história da arte brasileira.
- A Semana de Arte Moderna de 1922 representou um marco onde jovens artistas uniram-se no sentido de revolucionar os conceitos de arte no Brasil. O evento gerou muita polêmica, muito debate e terminou por promover reais mudanças. Não é que antes nada disso fosse feito. A própria Anita Malfatti já havia feito uma exposição bem contundente em 1917, quando veio dos Estados Unidos. A união desse grupo de intelectuais inovadores, marcou uma data de referencia. Ainda hoje, 80 anos depois, o evento é citado como importante.





- Nos Cartazes lia-se coisas como "Carlos Gomes é um Burro", ou "Coelho Neto não lava os pés", ou ainda "Almeida Júnior não pagava o padeiro." Chopin era chamado de tocador de berimbau. Eu imagino que, para a época, isso era muita ousadia.


 
 
 
 
 
 
Aluna: Raiani Ribeiro Leite   N.: 32
Aluna: Tatianne Fernandes   N.: 39

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