quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Semana da Arte Moderna (1922)
SEMANA DA ARTE MODERNA(1922)
-HISTÓRICO:
A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti. Participações e como foi Em um período repleto de agitações, os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário, e do qual, não se sabia ao certo o rumo a ser seguido. No Brasil, o descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado no campo da literatura, com maior ênfase na poesia. Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira. Na pintura, destacou-se Anita Malfatti, que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917. Suas obras, influenciadas pelo cubismo, expressionismo e futurismo, escandalizaram a sociedade da época. Monteiro Lobato não poupou críticas à pintora, contudo, este episódio serviu como incentivo para a realização da Semana de Arte Moderna. A Semana, na verdade, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos. Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico. Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os artistas brasileiros.
-ARTISTAS:
Os artistas que tiveram presença na Semana de 22, foram os poetas Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Plínio Salgado e Sérgio Milliet. Graça Aranha, Ronald de Carvalho e Menotti del Picchia ocuparam-se em explicar as novas teorias. A exposição de pintura tinha obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Goeldi, como também do escultor Vitor Brecheret e dos arquitetos Antônio Garcia Moya e Georg Przyrembel. Realizaram-se concertos musicais, destacando-se Villa-Lobos e o pianista Guiomar Novais. O número de dança ficou a cargo de Yvonne Daumerie.
-OBRAS:
OSWALDO DE ANDRADE Romances Os Condenados (1922), Memórias Sentimentais de João Miramar (1924), Estrela de Absinto (1927), Serafim Ponte Grande (1933), A Escada Vermelha (1934), Os Condenados (l941) - reunindo os livros de 1922,1927 e 1934, constituindo a Trilogia do Exílio, Marco Zero I - Revolução Melancólica (1943), Marco Zero II - Chão (1946). Poesia Pau-Brasil (1925), Primeiro Caderno de Poesia do Aluno Oswald de Andrade (1927), Poesias Reunidas (1945). Teatro O Homem e o Cavalo (1943), Teatro (A Morta, O Rei da Vela), (1937). Ensaio Ponta de Lança (1945?), A Arcádia e a Inconfidência (1945), A Crise da Filosofia Messiânica (1950), A Marcha das Utopias (1966). Memórias Um Homem sem Profissão (1954). MÁRIO DE ANDRADE Poesia Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917), Paulicéia Desvairada (1922), Losango Cáqui (1926), Clã do Jabuti (1927), Remate de Males (1930), Poesias (1941), Lira Paulistana (1946), O Carro da Miséria (1946), Poesias Completas (1955). Romance Amar, Verbo Intransitivo (1927), Macunaíma (1928). Contos Primeiro Andar (1926), Belasarte (1934), Contos Novos (1947). Crônicas Os filhos da Candinha (1943). Ensaios A Escrava que não é Isaura (1925), O Aleijadinho de Álvares de Azevedo (1935), O Movimento Modernista (1942), O Baile das Quatro Artes (1943), O Empalhador de Passarinhos (1944), O Banquete (1978). MANUEL BANDEIRA POESIA: Poesias, reunindo A cinza das horas, Carnaval, O ritmo dissoluto (1924), Libertinagem (1930), Estrela da manhã (1936), Poesias escolhidas (1937), Poesias completas, reunindo as obras anteriores e mais Lira dos cinqüenta anos (1940), Poesias completas, 4a edição, acrescida de Belo belo (1948), Poesias completas, 6a edição, acrescida de Opus 10 (1954), Poemas traduzidos (1945), Mafuá do malungo, versos de circunstância (1948), Obras poéticas (1956), 50 Poemas escolhidos pelo autor (1955), Alumbramentos (1960), Estrela da tarde (1960). PROSA: Crônicas da província do Brasil (1936), Guia de Ouro Preto (1938), Noções de história das literaturas (1940), Autoria das Cartas chilenas, separata da Revista do Brasil (1940), Apresentação da poesia brasileira (1946), Literatura hispano-americana (1949), Gonçalves Dias, biografia (1952), Itinerário de Pasárgada (1954), De poetas e de poesia (1954), A flauta de papel (1957), Prosa, reunindo obras anteriores e mais Ensaios literários, Crítica de Artes e Epistolário (1958), Andorinha, andorinha, crônicas (1966), Os reis vagabundos e mais 50 crônicas (1966), Colóquio unilateralmente sentimental, crônica (1968). ANTOLOGIAS: Antologia dos poetas brasileiros da fase romântica (1937), Antologia dos poetas brasileiros da fase parnasiana (1938), Antologia dos poetas brasileiros bissextos contemporâneos (1946). Organizou os Sonetos completos e Poemas escolhidos de Antero de Quental, as Obras poéticas de Gonçalves Dias (1944), as Rimas de José Albano (1948) e, de Mário de Andrade, Cartas a Manuel Bandeira (1958).
-LITERATURA:
Mário de Andrade - Oswald de Andrade - Graça Aranha - Ronald de Carvalho - Menotti del Picchia - Guilherme de Almeida - Sérgio Milliett.
-ARTES VISUAIS:
“A estudante” (c. 1915), Coleção de Artes Visuais, óleo sobre tela, 76 x 61 cm. Segundo o Itaú Cultural: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (SP)... “A boba” (1915-16), óleo sobre tela, 61 x 50,6 cm. Doação MAMSP, Museu de Arte Contemporânea da USP “Torso / Ritmo” (1915-16), carvão e pastel sobre papel, 61 x 46,6 cm. Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (SP). “Retrato de moça” (1921), óleo sobre papelão, 55 x 46 cm. “Pauliceia desvairada” (projeto para capa), c. 1921, nanquim e guache sobre papel, 25 x 16,2 cm. “Mulher sentada com a mão no queixo” (s/d), nanquim e pastel sobre papel, 38,5 x 26,5 cm. “Blaise Cendrars” (s/d), lápis sobre papel, 12,3 x 8,3 cm. “Losango Cáqui” (projeto para capa), s/d, lápis, nanquim e guache sobre papel, 24,6 x 16,8 cm. “Autorretrato” (1922), pastel sobre papel, 39 x 29 cm. “Retrato de Mário de Andrade” (1922), pastel sobre papel, 47,7 x 36 cm. “Esboço para negra” (1923), lápis e aquarela sobre papel, 23,4 x 18 cm. “Oswald de Andrade” (c. 1924), lápis sobre papel, 22,9 x 18 cm. “O mamoeiro” (1925), óleo sobre tela, 65 x 70 cm. “Palmeiras” (s/d), gravura em metal sobre papel, 14 x 10,1 cm.
-CURIOSIDADES:
- Casimiro de Abreu, notável poeta brasileiro, é considerado “O Poeta do Amor e da Saudade”. - A Academia Brasileira de Letras, instituição literária, foi fundada em 1896. - Casimiro de Abreu, é o patrono da cadeira no. 6 da Academia Brasileira de Letras. - A Academia Paulista de Letras, fundada em 27 de Novembro de 1909, tem uma majestosa sede no largo do Arouche no centro de São Paulo. - José de Alencar, escritor Brasileiro, nasceu no interior do Ceará na cidade de Macejana, em 01 de Maio de 1829 e faleceu no Rio de janeiro em 12 de Dezembro de 1877. - Jorge Amado é o autor Brasileiro com maior número livros vendidos tanto no Brasil quanto exterior. - Jorge Amado tinha apenas 19 de idade quando escreveu seu primeiro romance “O País do Carnaval”, em 1932. - O romance, “Amar, Verbo Intransitivo”, escrito por Mário de Andrade foi para o cinema com o título de “Lição de Amor”, filme este dirigido por Eduardo Escoreu. - Oswald de Andrade, poeta romancista e dramaturgo paulista, juntamente com Mário de Andrade, organizaram “A semana de Arte Moderna” de 1922. - Manuel Bandeira um dos maiores expoentes da poesia modernista no Brasil é também conhecida por suas excelentes traduções das obras de: Shakespeare, Brecht e Schiller. - Olavo Bilac considerado o principal representando do parnasianismo na poesia Brasileira recebeu ainda o título de “O Príncipe dos Poetas Brasileiros”. - O poema dramático “Morte e Vida Severina”, de autoria de João Cabral de Melo Neto, é um dos textos teatrais mais montados no país desde sua estréia em 1965. - Antonio Castro Alves, poeta baiano, autor de Navio Negreiro e Vozes da África, que pela intensidade com que combateu a escravatura acabou recebendo o título “Cantor dos Escravos”. - A poesia de Antonio Castro Alves ganhou grande popularidade por tratar de temas fundamentais do final do século XIX, como a escravidão e os anseios republicanos. - “O Cortiço”, obra prima do escritor naturalista Aluízio de Azevedo é também um dos livros mais reverenciados da literatura Brasileira. - Desde a sua primeira publicação em 1902, “Os Sertões” obra mais importante de Euclides da Cunha, é considerado um livro básico para a compreensão do país. - Euclides da Cunha foi vítima de um crime passional, envolvendo-se numa troca de tiros com Dilermando de Assis, amante de sua esposa. Cerca de um ano após o incidente, seu filho também veio a falecer na tentativa de vingar a morte do pai, em outra troca de tiros com Dilermando de Assis. - O romance “Hilda Furacão”, escrito em 1991 por Roberto Drummond, foi transformado em uma série de televisão em 1998. - O romance “Agosto”, obra do romancista mineiro Rubem Fonseca, foi transformado em minissérie de televisão, com Vera Fisher e José Mayer nos papéis principais. - O filme “O que é isso, Companheiro”, baseado no livro de memórias de Fernando Gabeira, concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 1998. - Os versos “Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá...”, são de autoria de Gonçalves Dias, considerados por muitos, o poeta nacional do Brasil. - Grande Sertão: Veredas, romance lírico e épico sobre o sertão, é considerado a obra prima de Guimarães Rosa. - “O Guarani”, obra de José de Alencar, conta à história do amor platônico entre o índio Peri e a bela Ceci, filha de um rico proprietário de terras. - Gianfrancesco Guarnieri, grande nome na dramaturgia Brasileira, nasceu na Itália no ano de 1934. - João Guimarães Rosa, romancista e novelista mineiro, foi vítima de uma estranha premonição. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1963 acreditava que morreria quando tomasse posse. Por este motivo adiou o quanto pôde a cerimônia. Quando finalmente ela ocorreu, o escritor veio a falecer três depois. - Gregório de Matos, falecido em 1696, um dos mais irreverentes poetas satíricos Brasileiros, conhecido como “Boca do Inferno”, foi o primeiro autor nacional a utilizar um estilo ousado e informal repleto de gírias e expressões nativas. - Mário Palmério, romancista cuja obra focaliza a cultura dos habitantes mineiros, é o autor do romance “Vila dos Confins” que foi bem recebido pela crítica e pelo público. - Raul Pompéia, romancista carioca, lutou ao lado de Luiz da Gama e José do Patrocínio na campanha.
Aluna:Cristiana Iza de Medeiros n°07
Professora:Aristelina
Série/Turma:3°ME
Referências Bibliográficas:
http://www.abcdacuriosidade.hpg.ig.com.br/ciencia_e_educacao/8/index_int_5.html
http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/semana22
http://www.puc-campinas.edu.br/centros/clc/jornalismo/projetosweb/2003/Semanade22/artistas.htm
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