A Art Nouveau

A ART NOUVEAU

A Art Nouveau se originou em um movimento social e estético inglês liderado por William Morris (1834-1896), chamado de Arts and Crafts, que rompia com a distinção entre Belas-artes e artesanato, lutava pela valorização dos ofícios e trabalhos manuais, e tentava recuperar o ideal de produção artesanal coletiva, segundo o modelo das guildas medievais.


Apesar de ambas estabelecerem uma transição entre o historicismo e o Movimento Moderno e pretenderem renovar o artesanato e as artes decorativas, a Art Nouveau acabou se tornando um estilo elitista e de lucro, já que por sua produção ser cara, acabou excluindo o popular, não expressando em absoluto a vontade de requalificar o trabalho dos operários como pretendia Morris.
imagem 1

Assim como Morris, um teórico francês chamado Viollet-le-Duc, defendia a unidade nas artes, valorização do artesão sem, no entanto, ignorar o papel importante da máquina na produção. Ele influenciou grandes arquitetos da Art Nouveau, com seu nacionalismo cultural e utilização de novos materiais, como Vitor Horta, Hector Guimard, entre outros.
O termo Art Nouveau surgiu com a criação da galeria parisiense L’Art Nouveau, aberta em 1895 pelo comerciante de arte e colecionador Siegfried Bing. O projeto de redecoração da casa de Bing por arquitetos e designers modernos foi apresentado na Exposição Universal de Paris de 1900, Art Nouveau Bing, conferindo visibilidade e reconhecimento internacional ao movimento.
imagem 2
O movimento teve caráter tipicamente urbano, e se difundiu em lugares na Europa e nos EUA onde a indústria já tinha se desenvolvido, se tornando uma moda, do gosto da burguesia moderna adepta do progresso industrial, instaurando um regime cultural uniforme com ligeiras variações locais, acontecendo em todas as categorias de costume, desde vestuário a construção civil.
Os primeiros indícios do movimento foi entre 1883 e 1888, com Arthur H. Mackmurdo, um jovem arquiteto, que escreveu um livro sobre as igrejas urbanas de Wren, com um design totalmente Art Nouveau, cheio de formas assimétricas e delgadas, que derivavam da natureza.
imagem 3
A temática naturalista é uma das principais características do movimento, que por se recusar a ter qualquer ligação com o passado, se volta para formas que expressem o crescimento não ligado ao homem, como formas orgânicas e sensuais.
A morfologia do movimento é, portanto, baseados nas curvas e suas variantes, que surgem dos cantos e cobrem toda a superfície disponível. Tem uma preferência por tons frios, pálidos e transparentes, buscando ritmos musicais, querendo comunicar um sentido de agilidade, liberdade, juventude e otimismo, através de detalhes delicados que prendam a atenção.
imagem 4
Os materiais maleáveis foram os mais ideais para o movimento, como a cerâmica, o vidro e principalmente o ferro, sendo o último utilizado não apenas como material decorativo como também estrutural.
No começo do movimento havia uma priorização pela função, as curvas eram usadas apenas como caráter decorativo, mas com o tempo o ornamento deixa de ser acréscimo para se fundir com a própria funcionalidade do objeto, transformando-se de superestrutura para estrutura.
imagem 5

imagem 6
imagem 8
Sua difusão se deu principalmente através de revistas, e pelas exposições mundiais e espetáculos. Foi largamente empregada em porcelanas, vidros, jóias e livros, e sua
quase ausência de temas religiosos, é outra característica que a diferencia do trabalho do Arts and Crafts.
imagem 9
Muitos estudiosos disseram que a Art Noveau teve caráter apenas decorativo, não existindo como arquitetura. Essa afirmação não pode ser considerada correta, uma vez que observando as construções de Vitor Horta, é possível perceber nitidamente características genuinamente arquitetônicas.
Vitor Horta foi um arquiteto nascido na Bélgica, país que possuía uma independência autentica e procurava um estilo moderno e nacional, que só foi materializado através da Art Nouveau em 1892, com o próprio arquiteto, em seu projeto do Hotel Tassel em Bruxelas.
imagem 11---
O Hotel Tassel é uma casa que consiste em três partes diferentes. Dois edifícios bastante convencionais em tijolo e pedra natural – com uma frente para o lado da rua e uma para o lado do jardim – ligados por uma estrutura metálica revestida com vidro, funcionando como uma conexão na casa. No átrio contém uma célebre escada, com degraus de madeira natural, sustentados por uma estrutura de metal aparente que liga as diferentes salas e andares. O telhado de vidro funciona como iluminação zenital, trazendo luz natural para o centro do edifício. Nesta parte da casa, que poderia também ser utilizada para receber convidados, Horta usou o máximo de suas habilidades como um decorador. Ele projetou cada detalhe; maçanetas de madeira, painéis e janelas com vitrais, piso de mosaico, corrimão cheio de curvas sinuosas, e até os papéis de parede decorativos e o mobiliário. Nessa casa Horta conseguiu integrar a pródiga decoração sem mascarar as estruturas arquitetônicas.
imagem 12 e 13



FONTE:http://thaa2.wordpress.com/2009/07/page/2/
 Grupo: Jackson (nº 16),Janine (nº17),Marília (nº26)