O fim da Primeira Guerra
Mundial marcou, na Alemanha, o início de um processo inflacionário cujo
resultado foi a derrocada do mercado imobiliário. Afinal, que investidor
privado estaria disposto a construir se os custos não poderiam ser calculados?
O resultado foram subvenções e
uma política residencial estatal que caracterizou todo o século 20. Pela
primeira vez na história, o direito a uma moradia decente tornou-se realidade
para um grande número de famílias.
A “moradia para todos” era uma
dos direitos fundamentais da Constituição de Weimar, que instituiu a primeira
república na Alemanha em 1919. Os métodos de produção e a arquitetura
industriais influenciaram as construções da época.
Palavra Bauhaus marcada
na fachada de seu edifício em Dessau.
A Staatliches-Bauhaus (literalmente, casa estatal da
construção, mais conhecida simplesmente por Bauhaus) foi uma escola
de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes
expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.
A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir
da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas . A maior parte
dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda
Guerra Mundial. A intenção primária era
fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a
base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali.
Gropius pressentiu que começava um novo período da história com o fim da
Primeira Guerra Mundial e decidiu que a partir daí dever-se-ia criar um novo estilo
arquitetônico que refletisse essa nova época. O seu estilo tanto na arquitetura
quanto na criação de bens de consumo primava pela funcionalidade, custo
reduzido e orientação para a produção em massa, sem jamais limitar-se apenas a
esses objetivos. O próprio Gropius afirma que antes de um exercício puro do
racionalismo funcional, a Bauhaus deveria procurar definir os limites deste
enfoque, e através da separação daquilo que é meramente arbitrário do que é
essencial e típico, permitir ao espírito criativo construir o novo em cima da
base tecnológica já adquirida pela humanidade. Por essas razões Gropius queria
unir novamente os campos da arte e artesanato, criando produtos altamente
funcionais e com atributos artísticos. Ele foi o diretor da escola de 1919 a 1928, sendo sucedido por Hannes Meyer e Ludwig Mies van der Rohe.
A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República
de Weimar. Após uma mudança nos quadros
do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. uma nova
mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazista.
Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo hitleriano,
a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo. Os nazistas que se opuseram à
Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que tivesse uma
orientação política de esquerda. A escola foi considerada uma frente comunista,
especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali. Escritores nazistas como Wilhelm Frick e Alfred Rosenberg clamavam directamente que a escola era
"anti-Germânica," e desaprovavam o seu estilo modernista. Contudo, a Bauhaus teve impacto fundamental no
desenvolvimento das artes e da arquitectura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos da América e Israel nas décadas seguintes - para onde se encaminharam muitos artistas
exilados pelo regime nazista. A Cidade Branca de Tel Aviv, em Israel, que contém um dos maiores espólios de arquitectura Bauhaus
em todo o Mundo, foi classificada como Património
Mundial em 2003.
O principal campo de estudos da Bauhaus era a arquitetura (como fica
implícito até pelo seu nome), e procurou estabelecer planos para a construção
de casas populares baratas por parte da República de Weimar. Mas também havia
espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista
chamada Bauhaus e uma série de livros chamados Bauhausbücher. O
diretor de publicações e design era Herbert Bayer.
Projeto de ensino
Apesar de ter passado por diversas alterações em seu perfil de ensino à
medida que a direção da escola evoluía, a Bauhaus, de uma forma geral,
acreditava que os seus próprios métodos de ensino deveriam estar relacionados
às suas propostas de mudanças nas artes e no design. Um dos objetivos principais da Bauhaus era unir artes, produzir
artesanato e tecnologia. A máquina era valorizada, e a produção industrial e o
desenho de produtos tinham lugar de destaque.
O Vorkurs - literalmente curso preparatório - era um curso
exigido a todos os alunos e ministrado nos moldes do que é o moderno curso de Desenho
Básico, fundamental em escolas de arquitectura por todo o mundo. Não se
ensinava história na Bauhaus durante os primeiros anos de aprendizado, porque
acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais ao invés de
ser criado por padrões herdados do passado. Só após três ou quatro anos de
estudo o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar suas
criações.
Curiosidades
Atualmente a Bauhaus de Weimar mantém a sua liderança como uma das
melhores universidades na Alemanha, leccionando sobretudo o ramo da
arquitectura, mas estando também integrada num núcleo de outros pólos de ensino
ligado às artes e de onde se destaca design, media, música, entre outros. O
ensino da Bauhaus encontra-se intrínseco na própria forma de leccionar da
escola actualmente, baseando-se muito na experimentação prática de ideias e na
realização de seminários e workshops para confronto de conhecimentos.
O edifício inicial projetado por Walter Gropius sofrera inúmeras
modificações após a Segunda Guerra. Em 1994 inicia-se um processo de reforma
visando restabelecer ao edifício sua condição original. O empreendimento foi
promovido pela Fundação Bauhaus e coordenado pela arquiteta Monika Markgraf.
Devido a inexistência do projeto original o trabalho foi árduo e concluído
somente em 2007. Ainda hoje é o edifício principal do pólo da universidade,
destacando-se o escritório de Walter Gropius, mantido inalterado.
Bibliografia
Nomes: Mariana Silva N° 25
Letícia Cruciol 20
Galera, ainda falta conteúdo. atentem que muitos não participaram dos textos.
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